Espero...

Um dia me senti completa e livre. Esperei um sonho! Ele chegou de mansinho, trazendo todos os segredos. Uma coragem incerta, envolto na certeza apenas de encontrar. Era tudo uma incógnita, um segredo guardado a sete chaves. Podia ter sido apenas fruto da imaginação. Podia trazer consigo apenas uma curiosa busca do encontro. Podia ser o tudo ou apenas o nada. Podia fazer da espera apenas uma vontade. Tudo podia nessa espera! Uma permissão de desejos se fazia presente. Uma vontade de um querer urgente e muito esperado. Era tudo um sonho. Neste foi depositado todas as ansiedades para um viver real. Tudo foi possível. Tudo cabia nesse tempo. Mesmo que este seja incapaz de impor vontades. Nada foi desperdiçado. As pegadas na areia serviram apenas pra contar e fazer parte da historia, coadjuvantes de um olhar onde o carinho não cabia, saltava aos olhos e por todos os poros. Bastava apenas esperar para viver. E vivemos. Todos os segundos, minutos e horas que nos foram permitidos. Vividos intensamente, como esperamos viver. Perfeito para um sonho. Apenas porque o sonho se fez presente desde o começo da espera, guardando todos os mistérios, segredos que só o tempo pode desvendar. O tempo a favor mesmo que tenha sido uma espera longa. Não é fácil de novo ficar à espera. Ficará o gostinho na boca do que foi vivido, misturado ao gostinho amargo da saudade. Uma espera que dá a sensação de que a qualquer momento, um vento sopre à favor e promova novamente um reencontro. Simples...! Natural demais pensar em voar enquanto se espera!