segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conto de uma espera

Ela o esperava ansiosa, a selar uma troca, ato de uma promessa feita. Eterna feito o sol. Ansiava rever tudo que a encantou na primeira lua. As linhas que formavam entre a boca e os olhos dele, o carinho...as mãos! Mas foi assim desde o primeiro dia. Um encontro às escuras. Um querer que era só vontade. Um reencontro, ela tinha um olhar nervoso, e um sorriso tímido. Tudo como se fosse da primeira vez. Um jeito de quem esperou toda uma vida. Um olhar, um abraço a professar toda a falta. Beijos se multiplicando. Uma comunhão de sonhos. Passou horas e horas o devorando em silêncio. E era incrível como ele a fascinava. E como foi assim durante todo o tempo que passaram juntos. Os olhos dela ficavam cada vez mais vidrados nele, e o domínio que ele tinha sobre ela aumentava cada dia mais. Ele tinha um jeito de deixá-la com as pernas bambas, sem chão, sem ar, o coração sufocado, a boca seca. Quando ela se deu conta havia se passado pouco tempo, curto espaço que poderia ter durado uma eternidade. Ao vê-lo, quis guardá-lo na sua mente, assim, da forma que o reencontrou, assim como sempre sonhava,  como se precisasse daquilo para aliviar a eterna ansiedade que ele causava. E foi isso que ela fez. O olhou imensamente, como se fosse a primeira vez, o guardou em algum lugar dentro dela, em um cantinho a sete chaves o que tanto agradava a seus ouvidos e a seus olhos. Aquela voz mansa, seu carinho no olhar, um amor sem perguntas, suas mãos a tocá-la. Pequenos detalhes, carícias que ela quis guardar para sempre, para nunca se perderem, assim como tudo que se formava da boca aos olhos dele, e que até hoje a faz sonhar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário